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Ai liberdade, liberdade

Muitas conversas do nosso fado quotidiano terminam com o pesaroso: "tem de ser", ao que o interlocutor balbucia: "pois é". Quando o objecto da conversa não são banalidades caseiras, mas atinge as decisões nacionais no âmbito da economia, o "tem de ser" merece outra resposta que não o mero "pois é". O mínimo que pessoas livres devem interrogar incide nas consequências do actual "tem de ser". E se quisermos ser mais profundos é essencial perceber as causas, sem fugir das responsabilidades que conduziram e continuam a conduzir ao afundamento.
Se estendermos a aplicação deste determinismo ronceiro ao âmbito político, vem a mesma série de fileiras cerradas a qualquer novidade que altere o sistema dos partidos e sua representação, os sistemas de governança, mais abertos à sociedade civil, mais criadores de participação e de uma cidadania activa. Na raiz está uma grande crise na educação da liberdade. As novas Conviver com a liberdade é muito mais exigente do que abusos de cansativa retórica, sem traçar caminhos operativos que retirem do fosso, sem renovação de estreituras que andaimem o futuro.
Quando a mera e imediata eficácia política substitui a honestidade, quando na Europa sobrevivem chefes incapazes ou corruptos, capazes de suscitar nos eleitores a ideia de "ter" de os aguentar, ergue-se um suspiro: Ai, liberdade, liberdade! Quando o Ocidente se cala sobre os atentados aos direitos humanos na China porque "tem" de lhe estender a mão: Ai, liberdade, liberdade! A liberdade é auto-realização e autodisposição. Ser humano implica um corajoso caminho em esperança do reino da necessidade para o reino da liberdade, decidir-se livremente para a liberdade.
Muito desejo que esse suspiro se transforme em grito numa nova geração, firme na verdade,
respeitadora da dignidade de cada pessoa na sua integralidade. Do norte de África sopram ventos de liberdade ou de histeria para reduzir a pouca liberdade? O mundo prossegue em vertiginosa mudança... Não permitamos que as libertações sejam servidões de sinal oposto.
gerações não contestam e antes de crescerem já se adaptaram ao "tem de ser", cada vez mais propagandeado pela comunicação social, tantas vezes servidora dos agrados e gostos mais instintivos.

Carlos Moreira Azevedo
Bispo auxiliar de Lisboa

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